Afinal, Qual Tipo de Senha Protege Melhor o Seu Smartphone?
Desbloqueio por biometria, padrão ou PIN de seis dígitos? Cientistas revelam o método mais seguro para proteger seu aparelho com senha
Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Academia Naval dos EUA em parceria com a Universidade de Baltimore, em Maryland, o desbloqueio por padrão, aquele utilizado em diversos dispositivos Android, é consideravelmente inseguro perante outros métodos não biométricos – incluindo a senha por PIN de seis dígitos.
Os testes constataram que, em média, duas entre cada três pessoas conseguem recriar um padrão de desbloqueio previamente visto, mesmo que tenham o observado uma só vez. Em contrapartida, as senhas por PIN se mostraram mais difíceis de serem burladas: apenas uma de cada dez pessoas conseguiu reproduzir um determinado PIN após vê-lo sendo inserido pelo dono do aparelho.
Em termos menos técnicos, os testes declaram que, num raio de distância com menos de dois metros, 2/3 das pessoas que virem você desbloqueando o seu smartphone poderão reproduzir o padrão de desbloqueio sem grandes dificuldades. A coisa fica mais séria quando descobrimos que apenas uma tentativa já é suficiente para atingir o êxito no desbloqueio.
Conforme explica Adam Aviv, um dos responsáveis pelo estudo, a razão pela qual os padrões de desbloqueio são tão inseguros é a mesma que os torna tão convenientes: a facilidade com que o cérebro humano pode memorizá-los. “ É como pedir que alguém memorize um glifo, por exemplo. Padrões como este são mesmo muito fáceis de serem lembrados“, diz Aviv.
Resultados preocupantes
Consistindo de testes presenciais e online, estes últimos realizados por meio de vídeos, as pesquisas conduzidas por Aviv utilizaram diferentes padrões, PINs e ângulos de visão – dos 1.173 participantes dos testes online, 64% precisou ver o vídeo apenas uma vez para então reproduzir o padrão observado; o êxito saltou para 80% quando as mesmas pessoas puderam re-assistir a filmagem.
Para reafirmar a legitimidade dos testes virtuais, Aviv convidou 91 dos 1.173 participantes para testes presenciais; o resultado comprovou a eficácia dos testes por vídeo.
Já no caso das senhas por PIN de seis dígitos, apenas 11% conseguiu reproduzir a senha com sucesso vendo o vídeo uma vez. No caso de quem viu a mesma senha sendo inserida duas vezes, o número de êxito nos desbloqueios saltou para 27%.
E como ter mais segurança?
Embora os resultados sejam taxativos, nem tudo está perdido para quem usa o desbloqueio por padrão: nas palavras de Aviv, “ habilitar a opção que torna invisíveis os padrões inseridos reduz consideravelmente a chance de ter sua senha vista, memorizada e, consequentemente, reproduzida “.
Para seguir a indicação, basta ir em Configurações > Tela de bloqueio e Segurança > Configurações do Bloqueio de Tela e, por fim, desmarcar a configuração ‘Tornar o padrão visível’.
A biometria não é invulnerável
Por fim, é claro que, com o advento de diversos métodos biométricos para se desbloquear um celular, a discussão sobre a segurança dos PINs e dos padrões se tornou menos relevante. Contudo, é preciso lembrar que, mesmo nos aparelhos com leitores de impressões digitais, as senhas tradicionais figuram como métodos alternativos para o desbloqueio, servindo para dar acesso ao aparelho quando algum destes sensores não cumpre o seu papel.
Portanto, você até pode se sentir mais seguro utilizando sua impressão digital para ter acesso ao seu smartphone, porém, ao inserir uma senha manual, esteja sempre ciente que elas podem ser observadas e memorizadas por terceiros à sua volta.
Uma forma de reduzir este risco é abandonar o desbloqueio por padrão como método alternativo ao desbloqueio biométrico. Sendo assim, quando a leitura biométrica não funcionar corretamente, o smartphone irá exigir um PIN numérico, que é mais seguro e menos passível de ser descoberto.
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